Carta.

Carta.

Não sei exactamente por onde começar, ou como começar, mas sei que preciso fazer isto.

Então, não tinhas dito que eras minha amiga? Pensei que estavas a falar a sério, devia ter percebido que era só mais uma daquelas piadas que contas constantemente, devia ter percebido que a nossa amizade era uma piada. Que burra fui! Acreditei em ti e não é que te andei a defender, como se tu fizesses o mesmo por mim. O pior de tudo é que tinha a certeza de que o farias.

Imaginas como me magoaste? Ok, sei o que estás a pensar. Não, eu não sou a melhor pessoa do mundo e cometo erros, como toda a gente, mas eu confiava em ti. Confiava na nossa amizade.

Escondeste-me uma das partes mais importantes da tua vida, quando supostamente me contavas tudo o resto, e a diferença está precisamente aqui, eu contava-te aquilo que era o mais importante da minha vida e o resto.

Gostava de te dizer mil coisas, mas prefiro não o fazer. Porque dói. Acredites ou não, sinto que perdi um bocado de mim. Não só por te ter perdido, mas porque com esta perda me fizeste perceber que tenho de parar de ser a menina que confia em toda a gente. Com esta perda tornei-me mais mulher, e mais fria. Mas eu não quero ser fria. Quero acreditar que as pessoas são para mim da mesmo forma que sou para elas, quero acreditar que a amizade ainda é uma das melhores coisas do mundo, quero acreditar. Mas não consigo. E não consigo por tua causa, mentiste-me. Não sei o futuro e posso perdoar-te o resto, mas nunca te irei perdoar por me teres tornado desconfiada, fria e o pior de tudo, por teres feito com que deixasse de acreditar nas pessoas.

É assim que acaba a nossa amizade, mas será que posso chamar amizade ou alguma vez pude? Se falsos amigos não são amigos, amizades que acabam também não são amizades.

Obrigada pelo resto. 

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